quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Aplicação do Enem 2009 custará R$ 100 milhões, diz ministro

Fonte: 27/08/2009 - 10h31 - Da Agência Brasil - Amanda Cieglinski
A logística para aplicação do novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) custará ao MEC (Ministério da Educação) R$ 100 milhões. Foi o que informou hoje (27) o ministro Fernando Haddad, em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, no estúdio da EBC (Empresa Brasil de Comunicação).Perguntado sobre a possibilidade de adiamento do Enem em função do atraso no início das aulas para evitar o contaminação de alunos pelo vírus Influenza H1N1, Haddad disse que a definição de uma nova data não é possível devido à logística de aplicação das provas."São milhares de salas de aplicação de provas pelo país, o Enem será realizado em quase 2 mil municípios. Na verdade nós já adiamos o Enem em cinco semanas porque nos anos anteriores ele era feito em agosto. Em 2009 nós adiamos para outubro em função das especifidades da nova prova."A partir de 2009 o Enem servirá como forma de ingresso em pelo menos 40 das 55 universidades federais. Cerca de 4,5 milhões de estudantes se inscreveram para participar da prova. Segundo o ministro, a proposta feita aos reitores das instituições públicas é de que até 2011 o Enem substitua totalmente o vestibular tradicional. "Estipulamos um prazo de transição de três anos para acabar com o vestibular tradicional e permitir o acesso facilitado do aluno ao ensino superior."Ele afirmou que o Brasil está "100 anos atrasado" na unificação do vestibular, ao lembrar que em 1900 os Estados Unidos extinguiram o antigo processo seletivo e criaram um exame chamado SAT (Scholastic Aptitude Test), hoje usado na maioria das universidades norte-americanas.Na avaliação de Haddad, antes as instituições de ensino superior brasileiras não utilizavam o Enem como forma de acesso porque a prova era "acanhada". "O antigo Enem tinha dois problemas: ele não era comparável no tempo e não cobria todo o conteúdo do ensino médio. Ele só aferia as competências, mas era uma prova acanhada. Por isso as universidades federais não usavam o Enem como vestibular, elas não confiavam."O ministro disse que o vestibular tradicional é uma "tortura" para os estudantes e tranquilizou os candidatos que participarão do Enem. "A pessoa que está preparada para o vestibular está mais do que preparada para o novo Enem. O que vai ser cobrado é capacidade de raciocínio. O estudante não precisa se preocupar, porque quem se sai bem no vestibular se sai bem no Enem. O que queremos do jovem é que ele tenha criatividade e capacidade de análise."

TV Cultura corta programação para transmitir discurso de Serra

Agora várias inaugurações, e claro com ampla cobertura da Televisão bancada pelo governo. Viva a democracia....2010 tá chegando, vamos abrir bem os olhos e fazer a escolha certa...depois não adianta chorar...
Fonte: 27/08/2009 - 09h03 - CATIA SEABRA da Folha de S.Paulo
Mantida com recursos do governo estadual, a TV Cultura interrompeu ontem, por três vezes, sua programação para exibição, ao vivo, do lançamento da Universidade Virtual do Estado de São Paulo, com destaque para a presença do governador José Serra (PSDB). Só o discurso de Serra consumiu quatro minutos e 11 segundos originalmente destinados ao programa "Viva Pitágoras". Nos moldes das notícias apresentadas em caráter extraordinário, flashes invadiram a programação a partir das 13h. Sob o título "Jornal Cultura Informa", a primeira interrupção ocorreu durante o programa "Ao Ponto" e mostrou a chegada de Serra e o momento em que a placa de inauguração do Espaço Univesp foi descerrada. Ainda durante o "Ao Ponto", foi exibido o discurso de Paulo Markun, presidente da Fundação Padre Anchieta, que é administradora da TV e da Rádio Cultura. Markun enalteceu o esforço de Serra para a estreia de dois canais digitais: o Univesp TV e o MultiCultura. Markun justificou a exibição sob o argumento de que um canal aberto dedicado à programação da universidade virtual "é suficientemente relevante para haver transmissão". Segundo ele, essa foi uma maneira de "chamar atenção do público" para algo importante para a sociedade.Graças a um convênio de cerca de R$ 18 milhões anuais, a TV Cultura exibirá a programação da universidade virtual. Em seu discurso, Serra anunciou a concessão de bolsas de inglês e espanhol para alunos do ensino técnico e sugeriu que seus secretários fossem professores voluntários da universidade. Ele disse que só não participaria dos cursos para evitar acusação de uso da máquina. "Por favor, não me venham escrever de novo que isso aqui é um lance para a campanha presidencial", disse o governador, após o evento.
Lula
À saída, Serra reagiu às declarações de véspera do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo quem o Estado não reconhece a participação do governo federal na obra do Rodoanel. Segundo Serra, "o presidente Lula não foi bem informado". Afirmando que há "um trabalho de boa cooperação com o governo federal", Serra pediu que a imprensa exibisse filmes e painéis sobre as obras para comprovar o reconhecimento. "Não vou alimentar nenhuma intriga claramente de natureza eleitoral. Não tivéssemos na véspera de eleição não teríamos essas propagandas enganosas do PT, nem o presidente teria sido mal informado de como as obras foram apresentadas", disse Serra. O governador disse ainda que, com o aumento do custo da obra (de R$ 3,6 bilhões para R$ 4,5 bilhões), pretende reivindicar maior participação do governo federal, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,5 bilhão. Serra alegou ter convidado Lula "numerosas vezes" para visita à obra e reiterou o convite. Sobre eventuais atrasos no cronograma de obras do Estado, Serra confessou: "Você acha que tem alguém no mundo inteiro mais interessado em terminar depressa do que eu?"