quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Secretaria da Educação: Mais uma piada !

De fato esse governo não é sério. Agora quer tirar o corpo fora. Depois querem qualidade no ensino, desse jeito nunca teremos. Concordo com o comentário da UDEMO.
Fonte: UDEMO
Para quem não sabe, o projeto Multiplicando Saber é aquele que, dentre outras coisas, prevê uma bolsa-reforço de R$ 50,00 para estimular alunos de 6ª e 7ª séries, que não estiverem bem em matemática, a fazer um reforço. Este reforço seria ministrado por alunos do ensino médio que receberiam, para tanto, R$ 115,00.
Como não poderia deixar de ser, esse projeto foi criticado, de norte a sul e de leste a oeste, pelo absurdo que ele representa, e pela violência que ele é contra qualquer projeto pedagógico.
O projeto foi apresentado a toda a rede através de um folder intitulado “Multiplicando Saber”. Está na internet. (www.multiplicandosaber.org.br). O folder contém, na capa, o brasão do Estado de São Paulo, e é encabeçado pela identificação “Secretaria de Estado da Educação”.
Logo no primeiro parágrafo, lê-se:
“O Programa Multiplicando Saber é uma iniciativa da SEE-SP em parceria com o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID),...”
No jornal Folha de São Paulo, de 19/08, na coluna Tendências/Debates, em artigo intitulado “Leviandades sustentadas”, o Sr. Secretário da Educação, Paulo Renato Costa Souza, afirma, textualmente, o seguinte:
“É necessário reiterar que o programa "Multiplicando Saber" não faz parte das políticas que a Secretaria da Educação vem desenvolvendo.”
Como é mesmo aquele velho ditado dos marinheiros? Quando o barco começa a fazer água, os ratos são os primeiros a fugir?
Que piada! Quanta inconsequência!

Unesco propõe projeto educacional para presos

Fonte: 19/08/2010 - 12h18 - Marli Moreira Da Agência Brasil - Em São Paulo
O representante da área educacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Timothy Ireland, propôs nesta quarta (18) o desenvolvimento de um plano piloto, em parceria com o governo federal, que permita aos presos maior acesso à cultura por meio leituras de livros e revistas.
Essa proposta, com base no projeto da Unesco denominado Uma Janela para o Mundo, de incentivo à criação de bibliotecas no meio prisional, foi apresentada durante encontro com representantes do governo federal, no estande do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), na 21ª Bienal Internacional do Livro, no pavilhão de Exposições do Anhembi, na zona norte da cidade de São Paulo.
A ideia é a de elaborar, no prazo de um mês, um plano para aperfeiçoar o trabalho já existente nas quatro penitenciárias federais: Porto Velho, em Rondônia; Mossoró, no Rio Grande do Norte: Campo Grande, em Mato Grosso: e Catanduvas, no Paraná. E, posteriormente, estender a experiência para toda a população carcerária do país. “Temos que abrir um leque de alternativas para ressocializar”, defendeu Ireland.
Segundo ele, dados do Ministério da Justiça indicam que apenas 10,35% da população carcerária do país têm algum tipo de atividade educacional. O perfil da maioria dos presos – 73,83% - é de jovens entre 18 e 34 anos, pobres, negros e com baixa escolaridade. Mais da metade (66%) não chegaram a concluir o ensino fundamental.
Entre as ações está a de multiplicar o número de educadores tanto para a alfabetização como para orientações sobre a escolha dos livros e compreensões do conteúdo. Além dos professores selecionados para a tarefa, os próprios presos poderão cumprir essa missão depois de terem recebido a formação cultural necessária.

Direitos Humanos devem inspirar gestão escolar

Fonte: Portal Aprendiz Sarah Fernandes
Propostas para incluir direitos humanos nas escolas devem ir além da abordagem dos temas nas aulas e inspirar a maneira como a gestão resolve conflitos e problemas dos alunos. A sugestão é da especialista em educação em direitos humanos, Vera Candau, que nessa quarta-feira (18/8) participou do I Seminário Internacional de Educação em Direitos Humanos, na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo (SP).
“Não adianta os direitos humanos estarem no currículo se os problemas da escola são resolvidos de formas arbitrárias, sem a participação de alunos, professores e funcionários”, observou Vera, que é professora da pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). “Os direitos humanos tem que estar na proposta pedagógica transversal da escola. Devem afetar as relações interpessoais e a maneira de resolver conflitos”.
Para a especialista, incluir direitos humanos nas escolas significa ir além da educação formal. “Não é a aquisição de informações sobre o tema. Trata-se de ter e inspirar comportamentos éticos e não discriminatórios nas escolas. É uma educação para construção da paz, para superar conflitos”, afirmou. “As escolas precisam articular atividades que afirmem a cultura dos direitos humanos entre os alunos”.
Vera ressaltou que uma educação atenta aos direitos humanos é fundamental entre os mais pobres. “Quanto mais fragilizado o grupo, menos consciência tem dos seus direitos. Na América Latina e no Brasil têm poucas pessoas que são sujeitos de direitos”, avalia.
Com a temática de direitos humanos no currículo e nas relações escolares é possível formar pessoas conscientes dos seus direitos e atuantes na sociedade, explicou Vera. “Esse é um processo em que os grupos aprendem a transformar e construir coisas novas. É uma educação político-transformadora, apta a enfrentar tensões”.