terça-feira, 28 de julho de 2015

Instituições trocam docentes, reduzem carga e lotam salas

Depois reclamam dos profissionais. Se a formação está nesse nível, imaginem quando forem para a prática. No caso dos docentes explica pq a maioria opta pela escola pública, infelizmente pq muito não conseguirão boas escolas particulares, ou se submetem a salários horrorosos apenas para pagarem a conta. Qualidade? isso não importa.
Fonte: Agência Estado
A estratégia adotada por algumas instituições de ensino para diminuir gastos com professores passa pela substituição de professores antigos por mais novos, fechamento de salas e redução no número de horas/aula por docente, intensificando as atividades a distância.
Professores e alunos da antiga Uniabc - adquirida pela Anhanguera há quatro anos e desde 2014 parte da Kroton - contam que alunos de semestres diferentes fazem aulas na mesma sala. É uma forma de, ao abrir apenas salas cheias, potencializar o trabalho do professor. "Uma educação que reduz os professores significa falta de prestígio dos docentes e descompromisso com a qualidade?", diz o professor Nelson Valverde, que leciona na unidade.
Além de diminuir a demanda por docentes, as salas chegam a ter mais 80 alunos. "Isso atrapalha a aula, inviabiliza a participação, não tem nem como tirar uma dúvida", diz Pedro Virgílio Benaventi, que aos 60 anos cursa engenharia na Anhanguera.
Sob condição de anonimato, a professora C.S., de 52, conta que as instituições estão demitindo quem ganha mais. "Depois contratam quem está no mestrado. Preferi sair antes", diz ele, que, após seis anos, pediu demissão semana passada da Anhanguera.
O diretor do Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), Marcelo Marin, diz que algumas instituições têm diminuído carga horária como forma de pressionar a saída. "Eles passam de 4 para 3 aulas por dia, evitam até o adicional noturno. O professor que não aceita é demitido. E muitos topam trabalhar com valores menores." A Kroton defendeu que a carreira docente é valorizada na empresa e que oscilações de carga horária são naturais.
O Ministério da Educação (MEC) exige que um terço dos professores das instituições seja mestre ou doutor. Enquanto o grupo Anima tem 81% dos professores com título, acima da média do setor privado (65,3%), a Kroton tem 42%.
Como o MEC não fala em mínimo de doutores, prepondera o emprego de mestres. A média de doutores no setor privado é de 18,2% - nas quatro empresas é de 14,4%. Entre as públicas, é de 53,2%.

Estudantes que não renovaram o Fies poderão fazê-lo a partir de 3 de agosto

Fonte: Agência Brasil
Os estudantes que têm empréstimos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que, por alguma razão, não renovaram os contratos no prazo estipulado terão a chance de fazê-lo a partir do dia 3 de agosto. A informação está em nota divulgada pelo Ministério da Educação (MEC).
O prazo para que os estudantes fizessem o aditamento dos contratos vigentes no primeiro semestre terminou no último dia 20, após ser prorrogado mais de uma vez.
Segundo o MEC, dos 1,9 milhão de contratos, menos de 100 mil não renovaram o financiamento. Esses estudantes ainda terão a chance de fazê-lo durante o período de renovação do segundo semestre. A pasta divulgará nesta semana um balanço das renovações.
O Fies é um programa do governo que oferece financiamento em instituições privadas de ensino superior com juros mais baixos. Atualmente, cerca de 2,1 milhões de contratos estão ativos. No segundo semestre, serão disponibilizadas mais 61,5 mil vagas.